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2ª Parte portuguesa em solo italiano

Após a análise da 1ª parte, exponho agora a minha visão do segundo tempo. É certo que houve uma ligeira melhoria relativamente ao jogo português, sendo prova disso o grande remate de William que quase dava o primeiro golo da partida. Contudo, o jogo foi de novo defensivo, à espera do ataque italiano.
Em termos de mudanças, três situações a mencionar.
1ª- Tentativa de fazer pressão mais à frente. Portugal iniciou a segunda parte a pressionar bem à frente a defesa italiana na primeira fase de construção. No entanto, tal situação apenas viria a acontecer mais uma ou duas vezes. A falta de agressividade dos jogadores fez com que não resultasse nunca em recuperações de bola em zonas mais avançadas.


2ª- Passagem de Pizzi para a direita e Bernardo Silva nas costas de André Silva mais descaído para a direita. Assim, Rúben Neves e William ficam encarregues de fechar o meio. Penso que, com esta decisão, Fernando Santos procurava ter um jogador no meio que conseguisse transportar a bola para a frente e, ao ter uma linha de dois na frente, tentar condicionar a fase de construção.


3ª- A entrada de João Mário veio dar maior critério ao jogo de Portugal. Pizzi teve uma exibição cinzenta e não conseguiu levar a equipa para a frente. É preciso também destacar que João Mário brilhou no Sporting nessa posição, estando por isso mais adaptado a jogar no corredor.


Concluindo, Portugal foi a jogar para o empate, sabendo que servia para a passagem à Final Four da Liga das Nações. No entanto, continuo a achar que os jogadores portugueses têm qualidade para apresentar outro tipo de futebol. A equipa é pragmática, mas não entusiasma nem mostra a criatividade de jogadores como Bruma, Bernardo Silva e até mesmo Cancelo. Contudo, qualificação importante para a seleção. Em junho aí estaremos.

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