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A mostrar mensagens de 2018

Vitória da Juventus frente à Sampdoria

A vitória sorriu ontem à Juventus, com 2 golos de Ronaldo, frente à Sampdoria, que marcou o seu único golo na primeira parte. Não sei se concordam, mas quanto a mim, fica sempre a sensação de que a Juve pode colocar mais intensidade no seu jogo. Foquei-me em quatro aspetos: a pressão alta da Sampdoria; as trocas no corredor esquerdo entre Mandzukic e Ronaldo; a vertigem dada por Matuidi na zona esquerda do ataque da La Vecchia Signora; a qualidade de passe de Pjanic e a sua importância na manobra ofensiva. Começando pelo primeiro aspeto, a Sampdoria procurou pressionar alto a primeira fase de construção da Juventus. Sobretudo na primeira parte, vários foram os jogadores que tentaram impedir que a equipa da casa não conseguisse sair a jogar com qualidade. Na segunda parte, talvez devido ao cansaço, essa pressão já não foi tão bem conseguida, apesar de terem continuado a impedir a saída de bola nos pontapés de baliza da Juventus. Relativamente ao segundo ponto de análise, é sabi

A Segunda-Parte do Wolves frente ao Tottenham

Os Wolves iniciaram a segunda-parte com a mesma dificuldade da primeira. Linhas baixas, pouca pressão em zonas mais adiantadas e dificuldades em sair com opções para o ataque, tal como analisei ontem . Coincidência ou não, foi com as entradas de Hélder Costa e João Moutinho que a equipa começou a subir no terreno e criar dificuldades ao Tottenham, tal como irei explicar de seguida. Primeiramente, é preciso explicar que, na minha opinião, a entrada de Moutinho é crucial para a equipa de Nuno Espírito Santo. Aliás, só conseguirão jogar o melhor futebol possível se ele, juntamente com Rúben Neves, estiverem em campo. A qualidade de posse aumentou muito graças a ambos. Enquanto que na primeira parte tiveram enormes dificuldades em manter a posse, na segunda o critério foi muito maior. A ideia de colocar Dendocker foi pensada para o momento defensivo, mas os forasteiros nunca foram criteriosos na manobra ofensiva com a sua presença em campo, daí não terem criado praticamente perigo a

A Primeira-Parte do Wolves frente ao Tottenham

Foi uma primeira parte fraca por parte dos Wolves, que chegaram ao intervalo a perder por 1-0, com o golo a ser apontado por Harry Kane. Na minha análise, foquei-me ''apenas'' em três aspetos específicos: Pressão; espaçamento entre setores defensivo e médio; dificuldade em chegar a zonas mais avançadas. Relativamente à pressão, a equipa treinada por Nuno Espírito Santo deixou os adversários circularem bola até ao seu meio campo. Por vezes, os jogadores do Tottenham chegam mesmo a estar em terrenos mais avançados sem qualquer tipo de pressão agressiva por parte dos forasteiros. Este vídeo demonstra alguns dos momentos em que podemos constatar esse aspeto. Relativamente ao espaço entre setores, foi algo preocupante o número de vezes em que, sobretudo Son, teve espaço para receber bola e criar perigo sem qualquer tipo de marcação. O facto de os médios jogarem muitas vezes lado a lado no momento defensivo possibilita o aparecimento de adversários nas suas costas

Watford 1-2 Chelsea

Foi um jogo difícil para o conjunto comandado por Sarri, mas que resultou em mais 3 pontos. No entanto, é preciso destacar uma coisa: esta equipa do Chelsea tem identidade. Onde quer que jogue, procura impor o seu futebol com qualidade, sendo uma das equipas mais atrativas do futebol inglês em termos de modelo de jogo. Apesar de eu não mostrar nenhum vídeo relativamente a este aspeto, Hazard teve alguma dificuldade em jogar a ponta de lança, isto porque várias vezes foi solicitado como apoio frontal e não conseguiu corresponder com sucesso. Contudo, tal não significa que tenha feito uma má exibição, muito pelo contrário. A sua escolha como jogador mais avançado traz enorme qualidade nas transições rápidas, onde é letal, marcando o primeiro golo da partida após uma recuperação rápida. Para além disso, é um jogador inteligente a gerir a posse de bola e nos momentos em que deve procurar a profundidade. Relativamente ao Watford, um dado simples e que apresento: a procura de jogar diretam

Análise à derrota do Manchester City frente ao Leicester

Foi 2-1 o resultado final entre Leicester e Manchester City, caindo a vitória para a equipa do portugueses Ricardo e Adrien, apesar de apenas o primeiro ter alinhado pelo conjunto de Leicester. Apesar da derrota, importa referir que a equipa de Pep Guardiola não fez um mau jogo. Contudo, a circulação e o futebol avassalador parecem estar um pouco afastadas dos Citizens. A circulação está mais lenta, sem grandes rasgos de criatividade individual ou passes de rutura. Ainda assim, é preciso referir que a posse continua a estar maioritariamente a favor do Manchester City. Iniciando agora a demonstração através de vídeo, reparei primeiro no fracasso que é a aposta em passes longos para zonas ofensivas. Uma equipa exímia no passe curto e sem jogadores de grande envergadura nas zonas mais adiantadas no terreno são dois fatores que mostram que, provavelmente, a decisão não é a mais correta. Aqui fica o vídeo de apenas alguns desses momentos: O momento defensivo do Leicester foi também

Posicionamento defensivo do CSKA frente ao Real Madrid

O CSKA venceu ontem, em pleno Santiago Barnabéu, a equipa do Real Madrid por 3-0. Ao ver o jogo, decidi analisar a postura defensiva dos russos no momento em que a equipa da casa tinha a bola no seu meio-campo. Assim, o CSKA alinhou com uma linha de 5 defesas e 4 médios. Quando a bola estava num corredor, o médio ala fechava no meio, de maneira a existir superioridade numérica no corredor central. Na defesa, os cinco homens permitiam que os laterais tivessem cobertura caso fossem ultrapassados. Foi um CSKA muito bem na organização defensiva e perigoso na transição, o que valeu à equipa uma estrondosa vitória em Madrid. Infelizmente, tal goleada não serviu sequer para o apuramento para a Liga Europa. Fica aqui o vídeo com exemplos do que foi até agora escrito:

Golo do Tottenham frente ao Barcelona

Ao visualizar o golo dos Spurs em Camp Nou, ao minuto 84, reparei em duas coisas: o papel do avançado que foi determinante, e a má abordagem dos jogadores do Barcelona no momento defensivo. Relativamente ao primeiro aspeto, aconteceu algo que já várias vezes verifiquei nos ataques do Tottenham. Normalmente com Harry Kane e Son, quando a bola está de um lado, como neste lance, na zona centro lateral do campo, o avançado dessa zona descai para a linha e o da zona contrária arrasta o seu opositor direto para o outro lado, abrindo um espaço no meio da defesa que pode ser explorado por um colega que venha de trás. Este tipo de lances é feito com alguma frequência pelos Spurs nos seus jogos, e parece estar a colher os seus frutos. Quanto à má abordagem defensiva, referir apenas o facto de terem ido três jogadores ao portador da bola na altura do cruzamento, deixando inclusive o marcador do golo completamente sozinho. São pormenores que acabam por fazer a diferença. Para concluir, destacar ap

O exemplo do que é um bom passe longo

Muitas vezes, pensa-se que fazer passes longos para a frente é simplesmente pontapear a bola na esperança que alguém, por sorte, dê sequência à jogada. Eu próprio sou um grande crítico dos passes longos em muitas situações, por sentir que há sempre maneiras de jogar curto em vez de se arriscar perder a bola num passe sem certezas. Contudo, há excelentes executantes que nos fazem apreciar esse tipo de passes. Foi o que aconteceu quando ontem, ao ver o Chelsea-PAOK, me deparei com a qualidade de passe longo de Cesc Fabregas. Vi apenas dois lances e decidi logo que era obrigatória a publicação do curto vídeo. Desfrutem, e até lanço a pergunta: quantos de nós não gostaríamos um jogador desta qualidade a pegar no jogo? Para além disto, gostaria ainda de partilhar convosco o pontapé de saída curioso do Chelsea. No meu entender, a ideia não seria descabida, mas apenas se fosse direcionada para a zona central da defesa adversária, uma vez que era Giroud o ponta de lança do emblema londrino

Curtas sobre o Bayern 5-1 Benfica

No jogo de ontem, que teve como resultado a derrota do Benfica por cinco bolas a uma, ficou evidente o momento atual que o clube lisboeta vive. A equipa parece não mostrar alegria quando joga, e isso reflete-se nas várias decisões que toma ao longo do jogo. Nos poucos bons momentos que o Benfica teve, deveu-se à circulação desde trás em jogo apoiado. No entanto, algumas foram as vezes que optaram pelo lançamento longo em busca da profundidade. Ora, a equipa do Bayern tem centrais demasiado fortes para os avançados do Benfica (Cervi,Jonas,Rafa) conseguirem vencer os duelos individuais. Para além disso, a equipa alemã conta ainda com o fator Neuer, que como é do conhecimento público, tem a capacidade de limpar com critério todas as bolas colocadas nas costas da defesa. Este pequeno vídeo demonstra apenas quatro situações em que o Benfica procurou esticar jogo, sempre sem sucesso. Em contraste, em dois dos lances de registo em que mantiveram a paciência com bola, realizando passes

Os golos sofridos pelo Real Madrid

Numa derrota surpreendente por 3-0 frente ao Eibar, preocupei-me em analisar os motivos pelos quais ocorreram os três golos consentidos pelo Real Madrid. Assim, fiz um vídeo a explicar os erros que originaram os golos consentidos. Muito trabalho de casa tem Solari à frente da equipa. Parece não haver um compromisso total dos jogadores com o jogo.

Um pequeno olhar no Tottenham 3-1 Chelsea

O jogo de ontem, entre Tottenham e Chelsea, ditou a vitória do conjunto da casa. Após o visionamento completo do jogo, notei sobretudo uma opção estratégica por parte dos Spurs que teve resultados práticos: a pressão em momentos específicos do jogo. Penso que foi este aspeto que surpreendeu o Chelsea e fez com que sofressem dois golos na primeira parte e que proporcionou ainda vários momentos de perda de bola ou opções mal tomadas devido à forte pressão exercida pelos adversários. Na 2ª parte, com o 3-0, a equipa da casa abrandou a pressão que até então tinha implementado, deixando o Chelsea assumir o controlo de jogo mas sem nunca descurar o processo defensivo. Deste modo, apresento um vídeo com alguns destes momentos em que o Tottenham procurou fazer uma pressão agressiva e onde se colocava em superioridade numérica numa área reduzida onde se encontrava a bola. Com a dificuldade em criar ocasiões de perigo, surpreendeu-me o facto de os jogadores do Chelsea, por vezes, não optare

O canto do golo de Portugal frente à Polónia.

Jogada estudada e de simples execução. André Silva faz um ligeiro movimento no 1º poste, Pepe na zona penalty vai atacar o 2º, juntamente com R. Dias, que já se encontrava lá. Danilo vai ocupar a posição onde estava Pepe e William faz bloqueio. Noutro vídeo, duas opções que podia ter sido tomadas de outra forma deram origem ao penalty da Polónia.

Uma Suiça de posse frente à Bélgica

Vitória por 5-2 e uma exibição consistente da seleção da Suiça. Frente a uma das melhores seleções europeias, a equipa da casa realizou um jogo muito interessante, com posse, critério e alguns mecanismos interessantes. Esta equipa tem jogadores inteligentes que sabem gerir a bola e decidir o que fazer com ela. Mesmo em desvantagem desde muito cedo, não se precipitaram nunca, mantendo a paciência até encontrar espaços. Foram vários os momentos em que gostei de trocas de passes, posicionais, preocupação em ir ao corredor e voltar atrás caso não haja uma solução viável de passe. Poucos foram os passes longos mal medidos. Mesmo no contra-ataque, Shaqiri consegue levar a bola para a frente e com qualidade, para além de ter tido um Seferovic inspirado, mas que já por si procura com regularidade as desmarcações. É verdade que algumas vezes decide mal, mas a sua entrega física no jogo faz com que os treinadores apostem nele. Deste modo, fica aqui um vídeo com alguns bons momentos em posse e

Sterling e Delph contra a Croácia

No jogo de hoje, em que a Inglaterra venceu por 2-1 a Croácia, foquei-me em dois jogadores: Sterling e Delph. Ambos os jogadores alinharam hoje, sendo que Delph acabou substituído ao minuto 73. Curiosamente, na minha maneira de ver o jogo, entre os dois jogadores foi Sterling quem teve pior rendimento em campo. Contudo, sabemos que num lance individual Sterling pode fazer a diferença, e com a equipa em desvantagem até perto do fim, Gareth Southgate manteve o avançado em campo. Sterling tem qualidade reconhecida quanto à forma como explora os espaços, à sua qualidade técnica e à velocidade que incute com bola no jogo, tendo a capacidade de desiquelibrar nas manobras ofensivas da sua equipa. Guardiola fez o internacional inglês evoluir imenso, e o jogador que é hoje tem muito do dedo do treinador espanhol. Contudo, a sua tomada de decisões é muitas vezes errada,  comprometendo lances que poderiam dar outro tipo de resultado, quer em passes errados, quer em momentos em que pode re

2ª Parte portuguesa em solo italiano

Após a análise da 1ª parte , exponho agora a minha visão do segundo tempo. É certo que houve uma ligeira melhoria relativamente ao jogo português, sendo prova disso o grande remate de William que quase dava o primeiro golo da partida. Contudo, o jogo foi de novo defensivo, à espera do ataque italiano. Em termos de mudanças, três situações a mencionar. 1ª- Tentativa de fazer pressão mais à frente. Portugal iniciou a segunda parte a pressionar bem à frente a defesa italiana na primeira fase de construção. No entanto, tal situação apenas viria a acontecer mais uma ou duas vezes. A falta de agressividade dos jogadores fez com que não resultasse nunca em recuperações de bola em zonas mais avançadas. 2ª- Passagem de Pizzi para a direita e Bernardo Silva nas costas de André Silva mais descaído para a direita. Assim, Rúben Neves e William ficam encarregues de fechar o meio. Penso que, com esta decisão, Fernando Santos procurava ter um jogador no meio que conseguisse transportar a bola p

1ª Parte portuguesa em solo italiano

Portugal arrancou um empate a zero no jogo de ontem frente à Itália. Com uma aposta no mesmo trio de meio-campo que encantou na Polónia, a equipa portuguesa não apresentou a mesma qualidade na posse de bola. Na primeira parte, foram várias as vezes que a equipa das quinas tentou jogar longo, tantas vezes sem sucesso. A aposta era direcionar as bolas para André Silva, mas muitas foram as vezes em que a bola sobrou para a defesa italiana, que pode de novo jogar a partir de trás. Ficam aqui um vídeo de vários lances em que Portugal não manteve a bola graças à decisão de esticar jogo. Em termos defensivos, a equipa foi coesa atrás, não dando grande espaço para bolas nas costas, conseguindo assim evitar a velocidade de Insigne e Chiesa. Esta imagem demonstra bem a boa organização portuguesa, que de resto é algo a ser considerado no jogo de ontem. Na única jogada em que Portugal mostrou algum critério, com a bola a passar pelos três jogadores do meio-campo, a seleção conseguiu, ai

Futebol direto espanhol no Croácia-Espanha

Assisti ao jogo entre Croácia e Espanha, que resultou na vitória por 3-2 da equipa da casa, e houve um pormenor que me surpreendeu: La Roja já não implementou o famoso futebol de posse característico. É verdade que os croatas foram muito agressivos ao portador da bola, mas a qualidade dos jogadores espanhóis exige maior qualidade na circulação. Nestes dois pequenos vídeos, podemos verificar dois lances em que Sérgio Ramos opta por bater longo em vez de jogar curto, algo que nunca se verificaria na Espanha de há uns anos atrás. krrhrfufyrgfygfryrgfyfrgyr Mas não foi só este estilo de jogo pouco característico do futebol espanhol que me surpreendeu. A seleção fez também outra coisa que não é comum; a aposta nos cruzamentos. A Espanha alinhou com Iago Aspas como ponta de lança, e o jogador não tem características que se adequam a este tipo de jogo. Foram várias as vezes que apostaram no cruzamento, mas sem nunca ter sucesso. Ficam aqui 3 curtos vídeos que o demonstram.

Rui Patricío: a segunda melhor contratação

A revista ''FourFour Two'' colocou Rui Patricío em segundo no ranking de melhores contratações da Premier League. O guardião vê assim confirmado o seu bom início de época com esta eleição de um órgão internacional. A verdade é que o guarda-redes português talvez tenha estado tempo demais em Portugal para aquilo que é a sua enorme qualidade. Desde novo se viu potencial nele, tendo tido equipas como o Man Utd a acompanhar a sua evolução. Apesar de nunca ter sido campeão pelo Sporting, a sua qualidade valeu-lhe chamadas sucessivas à seleção, onde é titular desde o tempo de Paulo Bento como selecionador. Focando-me na época atual, Rui Patrício está inserido numa equipa que privilegia um futebol de posse, e algumas vezes o português peca pela sua falta de qualidade de pés. Em alguns momentos, o guardião bate longo sem grande precisão, comprometendo a primeira fase de construção dos Wolves. Fica aqui um exemplo: No entanto, por algum motivo foi eleito o segundo mel

O golo de Niltinho

É verdade que é um grande golo aquele concretizado pelo Chaves frente ao Sporting, mas há pequenos pormenores que podiam ter sido corrigidos e que passam ao lado. Uma pequena falha no posicionamento defensivo deu origem a espaço para Niltinho ir para o meio e finalizar. A análise está aqui:

A inteligência em contexto de jogo

Todos sabemos que os melhores jogadores são aqueles que executam da maneira correta e mais rápida aquilo que pensam. Muitos jogos são decididos em pormenores, em jogadas não treinadas especificamente mas que são passadas semana após semana. Fruto disso, fica aqui uma transição ofensiva rápida em que Alexandre Guedes demonstra toda a inteligência ao conseguir desfazer-se da marcação do seu adversário direto e depois cruzando com qualidade para Davidson.